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Orquestra da Grota

O Espaço Cultural da Grota (ECG) teve início na década de 80, quando Otávia Paes Selles, professora aposentada, decidiu ajudar crianças da comunidade da Grota do Surucucu, em Niterói, que apresentavam dificuldades na escola, proporcionando-lhes reforço escolar. Em 1995, Otávia pediu ao filho músico, Márcio Selles, que também desse aulas à garotada. Começaram, então, classes de iniciação musical, com ensino de flauta doce, violino, viola e violoncelo. Era o início da Orquestra de Cordas da Grota. Em 1998, após a morte de Dona Otávia, Márcio e sua esposa, Lenora Mendes, assumiram a direção do trabalho, que completa 26 anos em 2021. 

Atualmente, a Orquestra da Grota é composta por músicos profissionais, a grande maioria deles formados pelo ECG. O grupo já se apresentou em diversas regiões do Brasil e do exterior. Seus integrantes vivem da música, e muitos são professores do próprio projeto, com alguns atuando também em outras instituições. O ECG mantém, ainda, a Orquestra Jovem da Grota, formada por alunos de nível intermediário, além do grupo de flautas O Som Doce da Flauta Doce e outros três conjuntos, todos compostos por estudantes do projeto.

 

Em 2004, com o apoio da Brazil Foundation e do Instituto Cooperforte, foram feitas melhorias nas instalações da sede principal do projeto. Em 2007, a pequena casa que Otávia ocupou ganhou características de prédio, permitindo a expansão das atividades e do número de crianças e jovens atendidos. Para garantir a sustentabilidade da ação, foi criada a ONG Reciclarte, sem fins lucrativos, que centraliza o trabalho voluntariado e a captação de recursos por meio de doações e da participação em editais. 

Desde sua criação, a Orquestra da Grota vem se apresentando com regularidade em salas de concerto, teatros, escolas e igrejas de todo o Brasil. Em 2001, os músicos realizaram uma turnê no norte de Portugal. Ganhando visibilidade na mídia e reconhecimento internacional, obtiveram apoio financeiro do BNDES, que doou 70 violinos, viabilizando a ampliação do conjunto. Em 2004, uma parceria com a AABB-Niterói e o Instituto Cooperforte possibilitou a realização de um programa de formação de monitores, que replica em outras comunidades carentes sua experiência com a música clássica.  Esse projeto recebeu o prêmio Cultura Nota 10, em 2006, concorrendo com mais de 200 projetos de todo o Estado do Rio e sendo o único representante de Niterói contemplado.  Ainda em 2006, a convite da Brazil Foundation, seis jovens que iniciaram o projeto na Grota representaram a Orquestra no IV Annual Gala, da Brazil Foundation, num jantar beneficente em Nova York (EUA). Em 2008, realizaram turnê pela América Central a convite do Itamaraty, tendo se apresentado no Panamá, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua e Belize. Em 2010, o Espaçø Cultural da Grota recebeu o título de Patrimônio Imaterial da cidade de Niterói e, em 2017, do Estado do Rio de Janeiro. Em 2011, o projeto foi agraciado com o prêmio Rio SocioCultural e, em 2013, recebeu o prêmio de Tecnologia Social certificado pela Fundação Banco do Brasil.

A partir de 2007, com o crescimento do projeto, jovens da Grota começaram a ter mais oportunidades, inclusive, a de ingressarem no ensino superior, algo inédito em toda a comunidade. Desde então, mais de 30 alunos já se formaram, tanto na área de Música, quando em outros setores. Atualmente, cerca de 40 cursam a faculdade.

Hoje, mais de mil crianças e jovens são atendidos pelo projeto, em 18 núcleos distribuídos por cinco cidades no Estado do Rio: Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Nova Friburgo. 

Dúvidas e informações 
encontrodeorquestras@orquestrandoavidavida.com.br
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