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Prêmio Maestro David Machado
Instituído pela Orquestrando a Vida, o Prêmio Maestro David Machado tem como missão valorizar o talento do músico brasileiro, reconhecer trajetórias de excelência e incentivar a produção musical nacional. A premiação celebra nomes que têm contribuído de forma significativa para a expansão e fortalecimento da música brasileira em diferentes esferas.
A homenagem leva o nome de um dos mais notáveis regentes da história da música sinfônica no Brasil. O maestro David Machado deixou um legado profundo como intérprete, educador e formador de orquestras jovens, tendo atuado em importantes palcos da América do Sul, Europa e Ásia, além de seu trabalho pioneiro com jovens músicos brasileiros e latino-americanos.
1. Músico Brasileiro
Destinado a músicos reconhecidos nacionalmente que tenham construído uma trajetória de destaque como compositores, arranjadores, instrumentistas ou musicólogos, contribuindo amplamente para a história da música brasileira.
Indicação e escolha feita pela comissão organizadora do Encontro.
2. Amigo dos Músicos
Homenagem a personalidades ou instituições que tenham prestado serviços relevantes aos músicos e projetos sociais da região Sudeste do Brasil, atuando em favor da educação musical, da valorização da cultura e do apoio ao desenvolvimento artístico.
Indicação e escolha feita pela comissão organizadora do Encontro.
3. Aluno Destaque do Festival
Prêmio concedido ao aluno que mais se destacar durante o Encontro, demonstrando comprometimento, talento e dedicação, com 100% de presença nas atividades.
Escolhido por uma comissão formada por professores e maestros do festival.
Quem é David Machado?
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O Maestro David Machado (1938–1995) foi uma das mais marcantes figuras da música sinfônica brasileira. Natural de Minas Gerais, construiu uma trajetória internacional brilhante como regente, educador e formador de orquestras, sendo reconhecido por sua sensibilidade musical, profundidade interpretativa e dedicação incansável à formação de jovens músicos.
Sua formação começou no Brasil, com estudos de piano e composição ao lado de nomes como Camargo Guarnieri. Aos 22 anos, partiu para a Alemanha com bolsa do DAAD, onde aperfeiçoou sua técnica com grandes mestres como Hans Zender, Wolfgang Sawallisch e Franco Ferrara. Teve atuação destacada em diversos países, regendo orquestras na Itália, Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos, Japão e América Latina, incluindo importantes instituições como a OSSODRE (Uruguai), a Orquestra Simón Bolívar (Venezuela), o Teatro Colón (Argentina) e o Teatro Massimo de Palermo (Itália).
No Brasil, foi regente titular da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, da Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo e presença marcante no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Era admirado por sua capacidade de extrair o máximo de cada músico e por seu domínio do repertório romântico alemão, com especial afinidade por Brahms, Bruckner e Mahler.
Mais do que um maestro virtuoso, David Machado foi um educador visionário. Fundou a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro e a Sinfônica da Juventude do Mercosul, abrindo caminhos para centenas de jovens talentos. Acreditava que grandes desafios forjavam grandes músicos — por isso, não hesitava em colocar jovens para tocar obras densas e complexas, apostando em seu crescimento técnico e artístico.
Sua morte precoce, aos 57 anos, interrompeu uma trajetória ainda em expansão — ele estava prestes a assumir um posto como regente convidado da Orquestra de Munique, onde planejava divulgar repertório brasileiro. Ainda assim, seu legado permanece vivo na memória dos palcos por onde passou, nas orquestras que ajudou a formar e nas gerações de músicos que inspirou.
Homenagear David Machado é, antes de tudo, manter acesa a chama da excelência musical, do espírito pedagógico e do compromisso com a arte como instrumento de transformação.
